Tenho visto por ai algumas campanhas publicitárias voltadas para nós,mulheres. E o interessante é que agora elas usam mulheres de verdade. Ninguém exageradamente bonito, nem com corpo perfeito(oque é mesmo perfeito?),coisa até bem feita,bem legal. Mas ainda não consigo me identificar 100% ,adivinha pq??porque elas sempre parecem estar de bem com elas mesmas, saudáveis, integradas aos outros, ao mundo, ao meio ambiente,ohhhhhhhhh... sorrisos.
Às vezes, não me sinto assim tão nesse "bem-estar",alias,as vezes(muitas vezes) nem sei oque é esse "bem estar bem". Como meia pizza de frango com catupiry, encho a cara de refrigerante, como doce de leite na colher(uma,duas,tres ...e o resto enfio lá no fundo da geladeira rezando para estragar,pq corro um risco absurdo de ir até la a qq hora do dia e comer até o pote!)acordo ao meio-dia de um domingo ensolarado e fico praticando o nada na cama(mesmo com a pia abarrotada de louça), de camiseta furada, embolada com o Nick e uma pilha de jornais e revistas,que fico folheando,folheando. Será que isso é um certo não-estar-bem, ou será que é o outro lado, o avesso da vida, e nem por isso menos unicidade com tudo e com todos? E não é a natureza a primeira a ter seus avessos? Um dia o mar tranquilo,azul, no outro, tsunami. Um dia ensolarado, no outro, uma nevasca dos infernos. Às vezes, pratico meditação(sem concentração) por um ano e só me alimento de vegetais, de amor, de compaixão.
Mas às vezes como aqueles biscoitos tipo cheetos,fandangos(que sinceramente dps me pergunto pq como,ja que é tão sem graça)e sinto vontade de chutar a traseira do gato, que me acordou às seis da manhã miando e arranhando a porta do quarto. Já me senti muito mal c varias coisas,ja me achei "a estranha", por ser nariguda(na minha adolescencia eu sonhava com uma bela plastica no nariz...)mas na boa,hj c rugas,gordurinhas,marcas de expressão,celulites,estrias...ahhhh...a ultima coisa que penso é no nariz,que sinceramente ja se harmonizou com meu rosto...me restou aquela sensação de que "eu era feliz e não sabia"rs, as vezes da no saco me sentir engraçada demais,em outras acho o maximo alguém rindo p mim,ou até de mim...sou chata demais na tpm,infernizo minha própria vida...aterrorizo a do meu marido...as vezes dá uma preguiça de ir na minha mãe...mas ela precisa da minha presença...vou,não vou...? Ai, nossa! É coisa demais, é defeito demais, é culpa demais. Vou falar,quem ta certo é o Dalai Lama que diz que - se comparar - é a pior coisa que você pode fazer a você. Porque você fica se achando melhor ou pior do que as outras pessoas,e as duas coisas são um pulo no precipicio,geralmente o extremo é o própio precipicio.
É por isso que desisti de achar que só sou feliz se estou de roupas levinhas, andando descalça na praia às nove da manhã,com aquela brisa leve desarrumando meus cabelos(que precisam estar c progressiva e bem pintados),a vida n é sempre um comercial de margarina,e sabe que hj acho até isso bom?. Comer a pizza de frango c catupiry também me deixa feliz, principalmente com coca cola COMUM. E é por isso que decidi assumir que EU NÃO SOU IDÊNTICA A MIM MESMA.
Termino esse post com uma homenagem a vocês, e um poema bem legal da Madre Teresa de Calcutá: "Tem sempre presente que a pele se enruga, o cabelo embranquece, os dias convertem-se em anos... Mas o que é importante não muda; a tua força e convicção não têm idade. Quando não consigas correr através dos anos, trota. Quando não consigas trotar, caminha. Quando não consigas caminhar, usa uma bengala. Mas nunca te detenhas, mulher!!!"
Pois é...nunca...nunca...
Beijo a todas,e viva a plenitude na aceitação e admiração!!!!!!!!!!!!
Livia